Veja aqui medidas de prevenção para frangos de corte
Cecília Donata Silva de Oliveira
Consumo de carne de frango e controle de patógenos
O Brasil é um grande produtor de carne de frango. A carne de frango é muito consumida mundialmente por ser uma proteína altamente nutritiva, além do valor nutricional, outro atrativo para o consumidor é o preço, apresentando-se mais barato quando comparado a demais carnes de bovino e suíno.
Com o aumento do consumo de carne de frango, há também a preocupação com controle e erradicação de patógenos. Quando um animal da granja é acometido pode ocorrer a rápida disseminação da doença entre as outras aves, resultando em sérios prejuízos às granjas.
A bactéria Escherichia coli é de grande importância para as granjas, sendo uma das principais causadoras de doenças intestinais e respiratórias. Quando a E coli causa infecção em no sistema respiratório dos animais, ela é chamada como colibacilose. Esta bactéria causa grandes perdas econômicas pela condenação total ou parcial da carcaça quando o animal é abatido.
Vale ressaltar que a Escherichia coli está presente naturalmente na microbiota intestinal de diversos seres vivos, inclusive em aves. Porém, ela pode possuir categorias que são patogênicas e podem comprometer a saúde dos animais.
Colibacilose
Normalmente as infeções causadas por E. coli em mamíferos acometem principalmente o epitélio do intestino e urinário. Já colibacilose atinge principalmente o sistema respiratório das aves. A porta de entrada para esta bactéria é o trato respiratório superior (nariz externo, cavidade nasal, faringe, laringe e parte superior da traqueia) se disseminando até atingirem órgãos como coração, pulmão e fígado, em aves jovens o umbigo também pode servir como porta de entrada para esses microrganismos.
Sinais clínicos da colibacilose:
- Maiores taxas de mortalidade;
- Maior conversão alimentar;
- Sonolência ou prostração;
- Baixo consumo de ração e ganho de peso;
- Baixa uniformidade;
- Aumento da refugagem no lote e diarreia.
Os sinais clínicos citados acima são inespecíficos, o diagnóstico assertivo deve ser realizado a partir de exames onde é feito o isolamento e identificação de amostras de E.coli. A principal forma de tratamento é com uso de antimicrobianos que sejam efetivos contra a E. coli. Para indicar a melhor forma de tratamento das aves, é fundamental que um médico veterinário avalie os animais e direcione um tratamento específico.
Como evitar e prevenir a colibacilose?
O primeiro passo é assegurar que os frangos estejam com uma boa imunidade. Fatores como falhas no manejo e submeter as aves por um longo período de estresse, tornam-nas propensas ao desenvolvimento da colibacilose. Oferecer uma boa renovação do ar nas instalações também é uma medida efetiva, pois elimina gases tóxicos e excesso o de poeira. Outro ponto importante é impedir a entrada de aves migratórias no galpão; o intervalo adequado entre lotes reduz de forma significativa a carga de microorganismos.
Demais medidas preventivas:
- Uso de bebedouro tipo nipple;
Imagem disponível em: https://www.tecnoesse.com.br/produtos/bebedouro-nipple-com-salvagota/
- Uso de probióticos;
- Animais de boa genética;
- Boa limpeza e desinfecção das instalações;
- Peletização das rações;
Imagem de manavyemexport por Pixabay
- Uso de vacinas.
Apesar de existirem medicamentos para controle da colibacilose, as medidas preventivas devem ser adotadas em conjunto para tornar o uso de vacinas e medicamentos efetivos.
Referências:
GOMES, DÉBORA SENISE1; MARTINEZ, ANTONIO CAMPANHA 2. COLIBACILOSE AVIÁRIA EM FRANGOS DE CORTE: REVISÃO DE LITERATURA. Anais do II Simpósio em Produção Sustentável e Saúde Animal, 2017 Seção – Trabalho Científico.
.