P. D. Carvalho*1,
A. H. Sousa2,3, M. C. Amundson2, K. S. Hackbart2,
A. R. Dresch2, L. M. Vieira2, J. N. Guenther2,
R. R. Grummer2,4, R. D. Shaver1, P. M. Fricke2,
and M. C. Wiltbank1, 1University of Wisconsin,
Madison, 2Department of Dairy Science, University
of Wisconsin-Madison, Madison, 3University
of California Cooperative Extension, Tulare,
4Balchem Corporation, New Hampton, NY.
A relação entre status energético e fertilidade foi analisado utilizando dois experimentos: experimento 1 – analisando o efeito de mudança de condição corporal no pós-parto e sua relação com fertilidade e experimento 2 – analisando o efeito da mudança no peso corporal no pós-parto e sua relação com fertilidade. No experimento 1, 1887 vacas lactantes em dois rebanhos comerciais, foram divididas de acordo com o escore de condição corporal (ECC) do parto até a terceira semana pós-parto. A taxa de prenhes/inseminação artificial aos 70 dias de diagnóstico foi diferente (P < 0.001) entre os grupos de vacas no pós-parto. Vacas que perderam condição corporal no pós-parto tiveram uma taxa prenhes/inseminação de 22.8% (180/789). Vacas que mantiveram condição corporal no pós-parto tiveram uma taxa de prenhes/inseminação de 36% (243/675). Finalmente, vacas que ganharam condição corporal no pós-parto tiveram uma taxa de prenhes/inseminação de 78.3% (331/423). O efeito da perda de condição corporal foi o mesmo em primíparas quando comparado a multíparas. No experimento 2, peso corporal de 71 vacas leiteiras foi medido semanalmente da primeira a nona semana pós-parto. Vacas foram divididas em quatro quartos de acordo com o percentual de perda de condição corporal do parto até a terceira semana pós-parto (Q1 = 2.39%, Q2 = -0.07%, Q3 = -3.50% e Q4 = -6.84%). Vacas foram superovuladas. Não houve diferença entre os quartos para: número de ovulações (17.9), total embriões/ovócitos coletados (8.5) ou porcentagem de ovócitos fertilizados (77.5%). Em contraste, a porcentagem de ovócitos fertilizados que geraram embriões transferíveis foi maior (P = 0.04) para vacas nos quartos Q1, Q2 e Q3 que no quarto Q4 (83.8%, 75.2%, 82.6% e 53.2%). Em adição, a porcentagem de embriões degenerados foi menor (P = 0.02) para vacas nos quartos Q1, Q2 e Q3 quando comparado ao quarto Q4 (9.6%, 14.5%, 12.6% e 35.2%). Em conclusão, mudança no escore de condição corporal nas primeiras 3 semanas pós-parto teve um impacto profundo na relação prenhes/IA para a primeira IATF. Este efeito pode ser parcialmente explicado devido a redução na qualidade dos embriões e aumento na degeneração dos embriões 7 dias após a IA em vacas que perderam mais peso corporal da primeira a terceira semana de lactação.