Cecília Donata Silva de Oliveira
Você sabe quais são os aspectos que podem auxiliar no diagnóstico de uma silagem com possíveis problemas? Abaixo iremos discorrer sobre os principais pontos que vem ocorrendo em silagens com algum tipo adversidade e as possíveis causas. Conhecer e buscar minimizar o motivo das perdas podem contribuir para reduzir o custo real de produção.
Produção de efluentes possuem como possíveis causas umidade excessiva, ou erros cometidos durante o corte devido à má afiação das facas.
O aquecimento excessivo pode ser resultante de um enchimento lento do silo, má vedação, desensilamento prolongado, pré-secagem excessiva, maturação da forragem, picagem inadequada, e má compactação;
Silagem com aspecto caramelizado com odor adocicado e coloração marrom pode ser resultado de aquecimento durante a ensilagem, enchimento lento, pré-secagem excessiva e má compactação.
Presença de áreas mofadas, o enchimento lento aeração, má picagem, má compactação e vedação e desensilamento lento.
Cheiro rançoso, resultado de fermentação butírica, ocorre em silagem com umidade alta e baixo teor de açúcares e fermentação lática insuficiente;
Cheiro semelhante ao vinagre, resultado de fermentação acética. Esta categoria de fermentação é comum em silagem de alta umidade e baixo teor de açúcares;
Odor alcoólico, resultado de fermentação por leveduras, e fermentação lática insuficiente, aeração inicial prolongada, má vedação e desensilamento lento.
Baixa ingestão, ocorre quando o ponto de colheita não é adequado. Má desensilagem, má fermentação, fermentação butírica, alto teor de nitrogênio solúvel, contaminação com terra, presença de plantas toxicas, áreas mofadas, silagem quente ou dieta mal balanceada também contribuem para baixa ingestão da silagem.
Identificou algum destes pontos em sua silagem? É hora de ficar atento e redobrar os cuidados para que os mesmos erros não sejam cometidos na confecção de futuras silagens.
Referências:
NEUMANN. MIKAEL PRODUÇÃO DE SILAGEM DE MILHO DE ALTA QUALIDADE. Eng. Agr., Dr., Prof. do Curso de Mestrado em Agronomia na Área de Produção Vegetal da UNICENTRO-PR. Última atualização em fevereiro de 2011.