Cecília Donata Silva de Oliveira
Nutrição de matrizes suínas
Os programas nutricionais de matrizes suínas deve acompanhar o constante avanço na genética dos animais e o nível de produção das fêmeas. Dentre as características das matrizes disponíveis atualmente, elas apresentam-se cada vez mais precoce, produtividade elevada, maior peso corporal, devido a este conjunto de fatores a exigencia nutricional é elevada. Um dos principais impasses das fêmeas hiperprolíficas é a desuniformidade dos leitões ao nascimento e o maior número de leitões nascidos pequenos.
Os leitões nascidos com peso reduzido competem com menos sucesso por alimento durante a fase de lactação, apresentam menor taxa de crescimento e menor peso ao desmame. Ainda no ambiente intrauterino, sabe-se que os leitões menores podem apresentar desenvolvimento das fibras musculares reduzido, que afeta no peso e qualidade de carcaças no abate dos animais.
Durante o período de gestação o que se busca atingir é uma nutrição adequada, que forneça capacidade do desenvolvimento de condição muscular para a fêmea, bem como uma leitegada numerosa e uniforme em peso e vigor dos animais a nutrição das matrizes pode manipular tais condições. Fornecer aminoácidos que participam da síntese proteíca muscular e funções metabólicas, pode ser uma estratégia utilizada. Dentre os aminoácidos destacam-se a arginina.
Arginina na nutrição de matrizes suínas
A arginina é um aminoácido que pode proporcionar melhorias as condições intrauterinas e consequentemente proporcionar um adequado desenvolvimento fetal, ela é responsavel por carrear o nitrogênio mais ambundante em fetos suínos e um dos principais aminoácidos depositados em tecidos fetais.
A arginina é produzida pelo organismo, porém em quantidade insuficiênte ela desempenha inúmeras funções no organismo, dentre elas estão:
- Substrato para a síntese de proteína;
- Precursora na síntese de vários compostos metabólicos importantes;
- Metabólitos essenciais para o crescimento placentário e angiogênese;
- Regula o fluxo sanguíneo e a transferência de nutrientes, oxigênio e amônia entre mãe e feto.
Durante a gestação as exigências de proteína e aminoácidos aumentam, devido ao acentuado desenvolvimento do feto e glândula mamária. Suplementar a ração de fêmeas em gestação com o aminoácidos como a arginina pode oferecer melhor desempenho reprodutivo das matrizes, leitegadas com qualidade superior (maior uniformidade e peso dos leitões).
Tabela 1 – Desempenho das leitegadas provenientes das fêmeas suínas suplementadas com L-arginina durante a gestação.
A nutrição adequada resulta em melhor desenvolvimento e sobrevivência fetal, a suplementação com uso de aminoácidos pode ser uma estratégia eficaz para otimizar o desempenho de leitões.
Referências:
FONSECA. LEONARDO S. ARGININA NA NUTRIÇÃO DE MATRIZES SUÍNAS GESTANTES E SEUS EFEITOS SOBRE A PROGÊNIE. Tese Doutorado – Apresentada à Universidade Federal de Lavras, como parte das exigências do Programa de Pós-Graduação em Zootecnia, área de concentração em Produção e Nutrição de Não Ruminantes. LAVRAS – MG 2016