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Artigo por: Taísa da Silva
Lagarta-do-cartucho-do-milho (Spodoptera frugiperda) é uma das pragas mais importantes na cultura do milho. Entretanto, as pesquisas possibilitaram a existência de diversas maneiras de controle. Os métodos mais tradicionais são o cultural e químico. Porém deve-se considerar primeiramente alternativas integradas, fazendo uso de agentes biológicos, para que o uso de produtos químicos seja reduzido. Nesse artigo será abordado sobre as ferramentas de controle e prevenção mais conceituadas.
Controle cultural e químico
O controle cultural é feito realizando o Plantio Direto. Nesse sistema, o solo não é revolvido e as pupas da praga ficam expostas ao sol, diminuindo assim a emergência de adultos.
Já a prática de controle químico é comumente feita com o monitoramento da lavoura. Nesse caso são aplicados os produtos quando se observa que
10% das plantas sofreram ataque: estão com folhas raspadas. Os principais inseticidas usados são: carbamatos, espinosinas, organofosforados, inibidores da síntese de quitina e piretróides.
Outro ponto importante a se considerar para aplicação de inseticidas químicos é o levantamento do histórico da área e o tratamento de sementes como medida preventiva. É recomendado que a aplicação seja feita com bico tipo leque e dirigida para o cartucho da planta.
Plantas Transgênicas – Milho Bt
Em 2009 o uso de tecnologia Bt em milho foi aprovado no Brasil. Com isso, houve uma diminuição considerável do uso de inseticidas químicos, já que o milho Bt expressa toxinas da bactéria Bacillus thuringiensis que tem ação inseticida natural. Entretanto, a tecnologia não conseguiu sozinha segurar os ataques da lagarta do cartucho e até hoje a praga continua trazendo grandes ameaças às lavouras. Segundo dados da Embrapa, durante o ciclo do milho podem ser necessárias até 15 aplicações, em caso de planta transgênica que expressa uma proteína esse número cai para 8, entretanto ainda é alto.
Controle Biológico
Existem alternativas biológicas para o controle da lagarta do cartucho: bioinseticidas e liberação de inimigos naturais. Os bioinceticidas comercializados podem ser a base do baculovírus ou também de Bacillus thuringiensis.
Em relação ao uso de IN (inimigo natural) a técnica se trata de liberar a vespa trichogramma na área, já que este é um inseto parasitóide. Sua ação parasita consiste no fato de que a fêmea dessa vespa deposita seus ovos dentro dos ovos da lagarta do cartucho inibindo sua eclosão, com isso a população de Spodoptera é reduzida.
Um aspecto muito importante no que se diz a respeito aos iimigos naturais é a sua conservação. Ocorre que os inseticidas usados de maneira inadequada acabam matando também os IN da área, que são os insetos benéficos, já que eles predam ou parasitam os insetos-pragas.Um exemplo é a tesourinha (Doru luteipes,, ela se aloja no cartucho e na espiga do milho, e é um predador voraz da lagarta-do-cartucho. Por isso, o produtor deve considerar sempre os inseticidas seletivos, que terão apenas ação sobre a praga.
REFERÊNCIAS
SANTOS, B. Pragas da cultura do milho. Disponível em: <http://www.sementescondor. com.br/culturas/milho/item/380-pragas-da- cultura-do-milho.html>.
VIANA, P. A.; CRUZ, I.; WAQUIL, J. M. Pragas. In: CRUZ, J. C.; VERSIANI, R. P.;
FERREIRA, M. T. R. (Ed.). Cultivo do milho.
8. ed. Sete Lagoas: Embrapa Milho e Sorgo, 2012. (Embrapa Milho e Sorgo. Sistema de produção, 1). Disponível em: <http://www. cnpms.embrapa.br/publicacoes/milho_8_ed/ prsementes.htm>.