fonte: Embrapa
A polinização é um processo que ocorre quando o grão de pólen é transferido do órgão reprodutor masculino, chamado antera, para o órgão reprodutor feminino chamado estigma. No caso do milho, esse processo ocorre 98% das vezes entre plantas diferentes, já que a morfologia da planta não permite que haja autofecundação, sendo assim sua polinização é chamada de cruzada.
A polinização é um processo que causa várias interferências durante o ciclo do milho. Nesse artigo será abordado algumas delas, a fim de orientar o produtor sobre como essa etapa natural na planta pode ocasionar perdas ou ganhos na produção.
O milho Zea mays é originário das Américas, e é uma planta monóica, já que possui os dois sexos na mesma planta. Isso faz com que a troca de genes seja entre os próprios indivíduos. Tal troca faz com que seus descendentes, os grãos, tenham uma menor expressão de potencial produtivo .
Já que ao seu cultivar sementes de milho híbrido de elevado potencial genético. Na prática, isso significa que quando o produtor adquire uma semente de um milho híbrido, com elevado potencial produtivo, ele fará seu cultivo, mas após realizar a colheita e separar parte dos grãos para plantar na próxima safra, ele não observará a mesma expressão genética da safra anterior.
Isso ocorre porque o cruzamento entre estes indivíduos, considerados aparentados, faz com que aumente os locus em homozigose, que nada mais é do que o aumento da existência de genes deletérios ou com baixa expressão gênica.
A dica para se manter a alta produção é não plantar as sementes advindas de uma safra anterior desses híbridos, pois se tratam de plantas aparentadas seu cruzamento, logo reduz a população.
Por isso, ao início de um cultivo é necessário adquirir um novo lote, focando na qualidade das sementes híbridas para que a produtividade se mantenha a cada safra.
REFERÊNCIAS:
SOUZA SOBRINHO, F. de.; RAMALHO, M. A. P.; SOUZA, J. C. de. Alternatives for obtaining double cross maize hybrids. Revista Brasileira de Milho e Sorgo, v. 01, n. 01, p. 70-76, 2002.
BERTAN, I. et al. Comparação de métodos de agrupamento na representação da distância morfológica entre genótipos de trigo. Revista Brasileira de Agrociência, v. 12, n. 03, p. 279-286, 2006