Entidade encomendou estudo para a consultoria Celeres
A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) defendeu nesta quarta-feira (18/6) a viabilidade da produção de etanol a partir do cereal. A entidade divulgou dados de um estudo sobre o assunto que encomendou para a Consultoria Céleres.
A conclusão é a de que não há empecilhos em relação à tecnologia no país. Mesmo com a demanda das usinas, haveria milho suficiente para abastecer outros segmentos, como alimentação animal.
Nas contas do estudo, se uma usina de produção de etanol de milho processar mil toneladas por dia, seriam produzidos 130 mil metros cúbicos de etanol e outros 80 mil do chamado DDG, farelo usado na alimentação animal. Considerando a atual legislação tributária, o estudo mostrou que um investimento de US$ 69 milhões, o retorno seria possível em 66 meses. O lucro líquido é calculado em 10% com taxa de retorno de 25%.
No entanto, o desenvolvimento do etanol de milho encontra alguns entraves. Um deles é a atual taxa de juros para o financiamento do setor, de 10% ao ano e indexada ao dólar. “Por enquanto, o governo federal não informou se haverá uma linha de financiamento diferenciada por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)”, informou nota divulgada pela Aprosoja-MT.
Outro entrave é a dificuldade para vender o etanol, assim como já ocorre com o próprio milho. De acordo com a entidade, é difícil entrar no mercado de combustíveis. E ainda é preciso maior incentivo ao uso do etanol no país.
De acordo com o divulgado pela Associação, atualmente, Mato Grosso produz 15,4 milhões de toneladas de milho. A produção de etanol está em torno de um bilhão de litros, sendo 60% consumidos no estado.
POR: REDAÇÃO GLOBO RURAL