Cecília Donata Silva de Oliveira
A altura de colheita é um fator que deve ser estudado durante a confecção da silagem. Aumentar à altura do corte regulando a ensiladeira para que somente a parte superior da planta seja colhida aumenta maior proporção de grãos na matéria seca. Em sistemas de alta produção uma silagem com maior teor energético pode ser indicado, pois, é um alimento de elevado valor nutricional, onde o rendimento de matéria seca pode alcançar 80% comparado a métodos tradicionais como silagem de planta inteira.
Alterar a altura de corte, permite maior participação dos grãos da massa ensilada em relação a colmos e folhas senescentes, reduzindo o teor de fibra em detergente neutro (FDN) e fibra em detergente ácido (FDA). Pesquisas conduzidas demonstram também que a porcentagem de colmo e grãos possuem relação com aspectos qualitativos da silagem, como digestibilidade da matéria seca, FDA desempenho e consumo dos animais. Onde decréscimos na produção de matéria seca podem ser observados, contudo, ocorre aumento no desempenho animal, devido à porção fibrosa com menor digestibilidade ter sido desprezada durante a colheita, porém pode ocorrer redução no da produção por unidade de área.
A elevação da altura de corte mostra-se interessante para elevar a qualidade da silagem de milho, porém economicamente pode ocorrer menor retorno por tonelada de matéria seca, levantando a questões sob a viabilidade econômica do processo e aumentar a altura de colheita.
Tabela 1 – Comportamento agronômico da planta utilizado para confecção das silagens, conforme altura de colheita das plantas.
Elevar a altura de colheita também pode oferecer benefícios para o solo, pois pode aumentar reciclagem da matéria orgânica e melhorias do condicionamento físico do solo e maior retorno de potássio.
Referências:
NEUMANN. MIKAEL PRODUÇÃO DE SILAGEM DE MILHO DE ALTA QUALIDADE. Eng. Agr., Dr., Prof. do Curso de Mestrado em Agronomia na Área de Produção Vegetal da UNICENTRO-PR. Última atualização em fevereiro de 2011.