Diovana M. Santos
Universidade Federal de Lavras- 3rlab
Normalmente o fósforo é encontrado nos ingredientes vegetais das rações na forma de ácido fítico (tabela 1). Como os animais não ruminantes (aves e suínos) não produzem endogenamente a enzima fitase, o fitato acaba não sendo aproveitado por esses animais pois passa direto pelo sistema digestivo e é excretado. E se o bom desempenho está aliado à digestão e absorção dos nutrientes, é necessário a atenção na correta formulação de dietas para que os animais possam expressar todo seu potencial genético.
Tabela 1- Tabela com quantidades de fósforo fítico em ingredientes da ração
Ao acrescentarmos fontes de fósforo inorgânico na ração (fosfato bicálcico ou fosfato monocálcico), que são fontes caras e não renováveis, também aumentamos a excreção desse nutriente no ambiente, que pode levar a contaminação do solo.
A fitase é então adicionada à dieta para corrigir o fator anti-nutricional do ácido fítico (figura 2), pois além de indisponibilizar o fósforo ele também se liga a nutrientes de carga positiva e forma complexos insolúveis com minerais, proteínas, aminoácidos e amidos; e ainda pode se ligar a enzimas digestivas (amilase, tripsina, pepsina, fosfatase ácida e outras) e diminuir a atividade destas. Com isso passamos a reduzir entre 20-40% a excreção de fósforo total para frangos de corte.
Figura 2- Estrutura do ácido fítico
Depois da energia e da proteína, o fósforo é considerado o terceiro nutriente mais importante em dietas para aves, além de ser o ingrediente que mais encarece o custo da ração, e como quase 70% do P indisponível, fica clara a vantagem de se utilizar a fitase como ferramenta para diminuir os custos da produção, e também atingir a ótima taxa de crescimento e mineralização óssea dos animais.