Artigo por: Taísa da Silva
Fonte da imagem: Rehagro
FDA E FDN
Na produção de alimentos para animais com o uso de milho, existe uma cadeia produtiva muito longa e muitas vezes de alto custo. O milho que é produzido para ensilagem requer características especiais. Com uma boa implantação da lavoura de milho e um manejo adequado, é possível se obter um produto de qualidade. Controlar pragas e fertilizar o solo se feitos de maneira precisa levam a economia de recursos. Nesse artigo abordaremos alguns aspectos que os produtores de ensilagem devem se atentar para se obter lucratividade.
RESISTÊNCIA AO ACAMAMENTO
FDA (Fibra Detergente Ácido) e FDN (Fibra Detergente Neutro) são valores determinados em análises bromatológicas que determinam as quantidades de fibras. O FDN ideal deve estar entre 38 e 45%, já o FDA que quantifica as partes não digestíveis da planta (celulose e lignina) deve ser o menor possível.
O acamamento é uma modificação na posição dos colmos que resulta em sua quebra, deixando a planta recurvada. Quando isso ocorre, a planta pode ter ruptura dos tecidos afetando assim as estruturas essenciais no transporte de água e nutrientes. Por isso, na hora de escolher a cultivar a ser plantada, é importante priorizar aquelas com resistência à esse problema para que a quantidade e a qualidade dos grãos não sejam reduzidas.
ESTRATÉGIAS DE MANEJO
O milho pode começar a ser plantado a partir de outubro. Quando o plantio é feito tardiamente ocorre alguns problemas na produção como falta de polinização e seca durante o florescimento.
Algumas tecnologias culturais como rotação de culturas e Plantio Direto tem se mostrado eficientes. Ao escalonar a produção de milho com outras culturas eleva-se o potencial produtivo da área. Já o Plantio Direto é importante na conservação do solo, já que a colheita para ensilagem leva a compactação deste.
Outro ponto importante que tem se estudado é a altura do corte do milho. No caso de ensilagem, essa é ideal em torno de 25cm. Esse valor é evidenciado em pesquisas da Embrapa demonstrando impactar na qualidade da fermentação da silagem e no rendimento de massa.
CONTROLE DE PRAGAS
Quando um inseto causa danos recorrentes ao milho ao ponto de que a planta não consegue se recuperar mais, esse se caracteriza uma praga.
Quando a lavoura está sendo atacada pode se recorrer ao Manejo Integrado de Pragas que se inicia com o monitoramento de insetos na área, É importante ter conhecimento dos insetos que atacam tanto a fase inicial quanto a espiga.
Quando existe a necessidade do controle químico, o produtor deve optar por usar inseticidas seletivos, já que estes possuem ação apenas no inseto praga e não prejudicam a vida dos inimigos naturais que estão na lavoura.
Por mais que o uso de inseticidas químicos seja feito da maneira mais racional o possível, as medidas preventivas ainda devem ser priorizadas como o tratamento de sementes: nessa estratégia as pragas subterrâneas podem ser controladas evitando os ataques à fase inicial do milho.
REFERÊNCIAS
FEDERIZZI, L.C.; FANTINI, A.C.; CARVALHO, F.I.F. de. Efeito do acamamento artificial em alguns genótipos de trigo de porte alto e baixo. Ciência Rural, v.24, p.465-469, 1994.
Ferreira, J.M.; Moreira, R.M.P.; Hidalgo, J.A.F. Capacidade combinatória e heterose em populações de milho crioulo. Ciência Rural, v.39, p.332-339, 2009
VIANA, P. A.; CRUZ, I.; WAQUIL, J. M. Pragas. In: CRUZ, J. C.; VERSIANI, R. P.;
FERREIRA, M. T. R. (Ed.). Cultivo do milho. 8. ed. Sete Lagoas: Embrapa Milho e Sorgo, 2012. (Embrapa Milho e Sorgo. Sistema de produção, 1). Disponível em: <http://www.cnpms.embrapa.br/publicacoes/milho_8_ed/ prsementes.htm>. VITAE RURAL BIOTECNOLOGIA. Disponível em: <http://www.vitaerural.com.br/biotech. html>.