Taísa da Silva
As espécies olerícolas possuem ciclo curto e necessitam de grandes quantidades de nutrientes em um curto espaço de tempo. Uma boa produção está diretamente ligada à disponibilidade de nutrientes do solo e ao uso de fertlizantes de qualidade. A alface, por exemplo, é uma folhosa bastante exigente nutricionalmente.Os macronutrientes mais exigidos são: nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K) e cálcio (Ca). O manejo nutricional deve ser realizado a fim de suprir as necessidades da cultura, de modo que nenhum nutriente seja fornecido em excesso, ou haja falta de elementos minerais. É importante que estes sejam aplicados com qualidade e quantidade adequada, no local e hora certa.
Independente da hortaliça ou frutífera a ser cultivada em uma área, o produtor deve avaliar o solo antes de iniciar um cultivo. A análise de solo pode ser realizada em qualquer época do ano, porém, o momento mais adequado é sempre entre uma safra e outra, para que o planejamento agrícola possa ser executado em tempo hábil. Recomenda-se que a análise seja feita ao menos três meses antes de se iniciar um plantio, para que se caso necessário, o produtor consiga reparar a terra a tempo. A etapa de coletar amostras de solo e enviar para o laboratório é imprescindível, já que é assim que se obtém um indicativo das quantidades de nutrientes que o solo pode fornecer. Portanto, é indispensável que a amostragem seja feita com muito critério e se escolha um laboratório certificado como o 3Rlab.
Para se ter uma segura análise de solo são feitos um conjunto de procedimentos químicos. Com a utilização de equipamentos altamente tecnológicos de um laboratório, é possível identificar, com precisão, a quantidade de nutrientes disponíveis e as propriedades químicas, físicas e biológicas do solo. Essa caracterização é muito importante na nutrição das plantas. Também em uma análise, são calculados a disponibilidade de nutrientes como nitrogênio, fósforo, potássio e calcário, e determinada a composição da matéria orgânica, o enxofre, o pH, além da identificação das características físicas daquele solo, como densidade e permeabilidade.
De maneira superficial, para se entender a dinâmica da fertilidade dos solos devemos considerar que os solos são ricos em nutrientes, porém a maioria deles se encontra na forma sólida, e as plantas só conseguem absorvê-los em solução (dissolvidos). Isso quer dizer que muitas vezes os nutrientes não estão na forma disponível para que as plantas possam se beneficiar. A análise do solo é quem vai dizer a quantidade de nutrientes que já estão prontamente disponibilizados para serem aproveitados, e a quantidade que irão se tornar disponível durante o ciclo de vida da planta.
Para uma nutrição equilibrada das plantas é necessário que se aplique apenas os nutrientes que o solo não poderá fornecer de maneira adequada. Portanto, a análise do solo se torna necessária para saber quanto de cada nutriente os fertilizantes que serão aplicados deverão fornecer.
Para que a análise seja eficiente é importante amostrar o solo corretamente: dividindo-o em áreas homogêneas, denominadas glebas, e coletando apenas as terras centrais dessas áreas, evitando-se pegar das laterais. Deve-se coletar amostras de 20 glebas e depois misturá-las fazendo uma amostra composta, desta o produtor vai retirar 300 gramas para enviar ao laboratório.
A análise do solo é indispensável para o rendimento de um negócio agrícola. Além de contribuir na nutrição das plantas, processo também reduz o impacto ambiental: pois através dos cálculos se evita usar produtos minerais em excesso ou desnecessariamente.
REFERÊNCIAS:
FUKUDA, C.; OTSUBO, A. A. Cultivo da mandioca na região centro sul do Brasil. In: EMBRAPA. Sistemas de produção. Brasília, DF, 2003. (Embrapa Mandioca e Fruticultura. Sistemas de Produção, 7). Acesso em 10 de abril de 2021.