Cecília Donata Silva de Oliveira
Carne suína e aditivos alimentares
A carne suína se destaca como uma das mais consumidas no mundo. O Brasil se mantém entre os maiores produtores e exportadores de carne suína, abrigando em seu território as maiores indústrias do setor. Diante do potencial produtivo do nosso país, é constante a busca por aumento de quantidade da carne suína e melhorias sob a qualidade de carcaça. Aditivos alimentares são incluídos em pequenas quantidades na dieta de suínos e possuem efeitos positivos sob o desempenho dos animais.
No mercado podemos encontrar com diversos aditivos alimentares, com diferentes funcionalidades, que se aplicam a distintas fases de criação. O pagamento ao suinocultor por bonificação e tipificação da carcaça justifica o uso de aditivos alimentares na fase de terminação que visem auxiliar um bom acabamento de carcaça, com aumento de carne magra e menor deposição de gordura, o que corrobora com o nicho de consumidor, que tendem a preferir cortes diversificados e com menos gordura.
Principais aditivos utilizados
Sobre os diversos aditivos disponíveis, iremos ressaltar a importância do Cromo (Cr) e da Ractopamina na dieta de súinos em terminação.
- Cromo (Cr): O Cromo ao ser incluso na dieta desempenha o papel de elevar a síntese proteica no crescimento muscular
- Ractopamina: A ractopamina por sua vez, além de elevar a síntese proteica pode diminuir os níveis de gordura. Ela é utilizada para o aumentar a produção de carne durante o processo de desenvolvimento do animal. O nível de inclusão da ractopamina na dieta e também o tempo, depende do objetivo do produtor.
Em contrapartida, ao uso de aditivos uma prática muito adotada por produtores é a redução da energia fornecida aos animais, uma vez que há maior gasto de energia para a deposição de gordura em relação à proteína. A redução pode ser empregada de diferentes formas, reduzindo densidade energética da ração, incluindo fibra na dieta ou reduzindo a quantidade de ração fornecida. Este manejo é empregado principalmente na fase de terminação. A restrição alimentar pode ser associada ao uso de aditivos como a ractopamina.
Tabela 1 – Rendimento de carcaça (RC), espessura de toucinho (ET), espessura de músculo (EM) e Porcentagem de carne magra (CM) de suínos alimentados em diferentes regimes e com a suplementação de diferentes aditivos.
Ao se empregar um regime de alimentação, atenção deve ser dada para que seja realizado de maneira eficiente e não venha a prejudicar o desenvolvimento animal, está pratica deve ser implementada por um profissional qualificado. O uso de aditivos, agrega benefícios a produção de carne suína, a utilização destes deve ser realizada de forma eficaz e associado a uma dieta que atenda as exigências nutricionais visando maximizar o desempenho dos suínos.
Referências:
PINHEIRO. MARCELO. S. M. INTERAÇÃO RACTOPAMINA, CROMO E RESTRIÇÃO ALIMENTAR EM SUÍNOS TERMINADOS. Tese Doutorado, Apresentada a faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos. Universidade de São Paulo – Pirassununga 2018.